6 de dezembro de 2016

Pequenos sopros




"Acreditamos ser velas acessas, que só serão apagadas quando toda cera se derreter. Que tolos somos nós, afinal, a morte é um simples sopro"


Tenho morrido todos os dias desde 5 de Dezembro de 2014. Uns dias mais que outros... Não é sempre pelo mesmo motivo, às vezes é por raiva, outras por decepção e até por hemorragia. Talvez você não entenda, pois você não sente. O que torna tudo mais difícil e complicado de explicar.

Queria não sentir, não importar, não me doar, não me doer. Sempre ouço que sou forte, e sou mesmo. Mas sou frágil também. Não quero carregar todos esses sentimentos comigo, mas também não consigo deixá-los, sinto-me ligada demais a eles. Ponto final é sofrido. 

Não culpo nada, nem ninguém por isso ou por tudo que vivi. Aconteceu. Infelizmente, aconteceu. E desde então tenho sobrevivido e vivido. Não da melhor maneira, mas da maneira que me convém. Insana, empenhada, burra, animada, aventureira, preguiçosa, decidida, bêbada e sei lá mais o que.  Todo dia eu morro. Todo dia eu vivo.  

Um comentário:

Juliana Lira disse...

Por que eu demoro tanto pra voltar aqui, se aqui sempre acho casa?
Se me encontro nessas palavras e tantas vezes penso que pensei e vc escreveu?
Se gosto da Princesa Girassol e ainda mais do que ela escreve?
Não sei Cah... Preciso vir mais.
Padeço da mesma morte e da mesma vida, ainda que seja outra.

Beijos