19 de novembro de 2011

Sobre saudade




Engraçado como parece que foi ontem que parti, como parece que sequer fui embora. Outras vezes, parece que faz anos, como quando nos deparamos com pessoas pelas quais um dia nos apaixonamos. Estranhos conhecidos. Tão perto, tão longe.
Nossas escolhas nos distanciam daquilo que era nosso, do que nos representava. Como se a tradução de nós mesmos exigissem novos códigos. Mas ali estava eu, sendo traduzido tão plenamente, com tantos cenários e personagens que me transmitiam o sentimento de pertença.
Foi então que percebi que poucas coisas nessa vida são definitivas. Estejamos em movimento e as mudanças virão. A verdade é que ali sempre será minha segunda casa e, quem sabe um dia, a verdadeira. Mas também existem amores perfeitos que nos aparecem em momentos errados. Se um dia acontecerá de novo? Não se sabe, apenas se vive.
A pressa de antes deu lugar à contemplação. Desisti de minha caminhada, é verdade – sem culpa, só com a tranqüilidade que me tem embalado essa fase sem maiores pretensões além de mim mesmo. Mas nunca pisei tão firme e conscientemente como naquele momento.
(Sexta-feira, 25 de Agosto)
café, cansaço e saudade


Por Willian Lins

3 comentários:

Tati Lemos disse...

A saudade sempre trazendo a ansiedade junto né? Lindo o texto.

Beijo queridos!

Camila disse...

Beijocas ;]

beauty disse...

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