De repente, não mais que de repente, ela apareceu. Mexeu com o que estava quieto na memória, coisas doces e outras nem tanto. Me invadiu sem permissão, e começou a pulsar, pedindo para ser notada.
.
Eu não me importei, estava doendo, mas fingi que não sentia. Peguei meu óculos de sol e fui dirigir. Dei algumas voltas pela cidade, comprei um sorvete de morango, escutei um cd, liguei para minha mãe, voltei para casa. Tomei banho, chequei meus e-mails, preparei um bolo, comi, lavei as louças, vi televisão e ela lá, não queria me deixar.
Estava ficando irritada, eu não acho justo ela vir me importunar. Estou tão bem, bem de uma forma inteira, de maneira completa. Não é justo eu percebê-la.
Eu fiz tudo que podia fazer, fui ler, saí para caminhar, dispensei o elevador e subi os cinco andares até o meu apartamento, comi um chocolate, fiquei na janela olhando a cidade, silenciosa e quieta a essa hora da noite. E ela não me deixou em paz.
Desisti. Fui a cozinha, fiz um chá, me enrolei em um cobertor peludo, e aqui neste sofá com meu notebook no colo, me permiti senti-la.
Assim estou fazendo-a ir embora... Pois quando escrevo, me autorizo a pensar em você, e assim a sua ausência some por um tempo. Depois esqueço novamente e continuo a viver em meu mundo onde não há você...
Por Camila Blopes
6 comentários:
Quando a ausência pede passagem toma conta da gente...
fazer o que? escrever, escrever, escrever...
Milhões de beijos
Ela está sempre comigo, sempre na mente, na memória e blá blá blá.
Menos quando estou alcoolizado.
:P
Escrever é realmente grande refúgio. A ausência sabe como perseguir.
BeijOs meus andarilhos!
;*
Mas a saudade sempre volta a nos assaltar...
Fique com Deus, menina Camila Blopes.
Um abraço.
Até que a matemos! rs
BeijO Dan
Postar um comentário