5 de maio de 2008

Encontros e Reencontros

... é como abrir uma arca antiga e reconhecer, de imediato, o aroma que dela se desprende. O perfume das roupas, talvez conservadas por um saquinho de linho cheio de cânfora ou alfazema, o cheiro da madeira, a maciez dos interiores forrados a tecido.
E depois é o olhar, que é outro dos sentidos absorvedores de emoções. Naquele interior tudo é conhecido, tornado nosso por anos de convívio, passamos a vista por todos os cantos e recantos num breve reconhecimento, pegamos num objecto que nos foi oferecido por alguém muito amado e só é preciso esse toque para ver as imagens desse dia a desfilar-nos pela mente.
Reencontrar memórias é recuperar um livro que sabemos de cor, o primeiro que lemos, ou talvez não, aquele que mais nos influenciou para o resto das nossas vidas. É continuar do ponto em que as arrumámos com carinho, embrulhadas em papel de seda, como se o hiato espaço/tempo nunca tivesse existido e o dia de hoje fosse apenas o dia seguinte àquele onde as deixámos guardadas, muitos anos atrás. Reencontrar pessoas queridas é igual.

...

Há encontros em que as pessoas trocam idéias, compartilham sonhos e fortalecem a vida.Há encontros em que a pessoas só falam obviedades que nada acrescentam e você fica com a sensação de que está perdendo seu tempo.
Há encontros em que a pessoa só fofoca, denigre ou inveja. Estes nos matam.Há encontros em que o silêncio é mais proveitoso que as palavras.
Há encontros em que o olhar, o toque, o carinho dispensam as palavras.Há encontros em que a palavra deve ser bem pesada, pensada, sentida, vivida.
Há encontros em que a vida pára para que as pessoas possam viver.
Há encontros em que a vida dispara porque se tem o desejo de viver tudo em um instante.
Há encontros que são benção e outros maldição. São maldição quando um se sente superior ao outro ou quando um vê o outro como objeto dos seus desejos ou fonte de recursos. Também o são quando, ao invés de ser encontros são trombadas, porque não propiciam a taquicardia do olhar no olho, do toque suave, do cheiro, do abraço, do confiar, do ajudar, do chorar juntos, antes promovem feridas. São benção quando se percebe que você e a outra pessoa são honestas e se abrem e dizem o que pensam, sonham e compartilham a vida.
...

"A vida é a arte dos encontros embora haja tantos desencontros pela vida."
E neste final de semana reencontrei com uma pessoa muito querida... estava com saudade e não sabia! Reencontro fantástico!
Amigos nunca se separam... apenas trilham rumos diferentes...
Mas volta e meia se esbarram por ai... nos caminhos que a vida nos leva!


(Alguns trecho li no blog: By Mar e Consciencia)

3 comentários:

marden disse...

sempre bom encontrar você pelos caminhos dessa vida!

danúbia pessoa disse...

mesmo com tantos desencontros...(nossos), acordo feliz-já por saber que poderei te ver mesmo sem trocarmos palavra alguma e sim olhares.
(nossa! que coisa românticazinha)


"sempre bom encontrar você pelos caminhos dessa vida!" com palavras do Mar. hehehehe

bj. "piri"

Camila disse...

Marden:
Foi bom encontrar contigo no meu caminho! E espero que continuemos a nos encontrar!

Dadá: Mesmo com nossos desencontros também quero continuar a encontrar sempre com você nos caminhos de minha vida!

=)