1 de outubro de 2015

Sobre aquele dia


Era Setembro. Primavera. Tinha que ser na Primavera. Te vi e me encantei pela sua barba. Pela sua pele tatuada. Pelo seu jeito marrento. Por ti inteiro. Tudo tinha flores. Começamos a conversar mais. Me ferrei! - Eu pensei. Descobri que além de  lindo era fofo. Um F O F O. Gentil e doce. Então, a cada frase eu comecei a te querer mais. Te queria para mim. A cada dia a "coisa" que você tinha despertado em mim, crescia. E crescia. E ficava mais bonita.

Dormir e acordar pensando em ti era muito bom. Estava tudo planejado. A espera. Um final de semana. Nós dois. Uma cabana na praia. Solidão de casal. Mas aquele dia aconteceu. E tudo mudou. E nada se concretizou. Um vazio se instaurou em mim. Foi avassalador. Na memória ficaram os dias ensolarados que você me proporcionou. No corpo ficaram as cicatrizes que me lembram dos dias ruins.

Passou. Hoje somos outros. Como um rio, sempre o mesmo e sempre diferente. Não fazemos mais parte da vida um do outro. E infelizmente, acredito que nunca iremos fazer. Mas aquele dia de Setembro. Não conseguirei esquecer. Ontem eu lembrei. Eu não chorei. Só lamentei. Você e suas flores me fazem muita falta. Ninguém conseguiu suprir tua falta.

Um ano. Passou rápido apesar de tudo. Ou por causa de tudo. Outras pessoas passaram. Passaram. E você ficou. Doeu. Dói. Amor. Amo. Desconexo. Quase surreal. Se fosse poesia seria lindo. Mas não é. Trata-se da minha vida. Do dia que te conheci. Do dia que quase morri. Do dia que te perdi.

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