5 de dezembro de 2012

Sobre tarja preta, ligações e outras drogas


_ Ele me ligou, mas eu estava dopada. Estava há quase cinco noites em claro, então tomei um tarja preta da minha mãe, queria capotar. (...) Ah! Ele me disse várias coisas, mas me lembro apenas de algumas, recordo mais daquilo que eu falei. (...) Eu estava meio que 'sem filtro' e consegui dizer quase tudo que eu sentia e acho que foi por isso que ele sumiu novamente. (...) Me passa o sal, por favor? (...) Não, claro que não falei que o detestava, não menti em nada, quis somente verdades. (...) Ah, eu reclamei muito também, reclamei por ele ter concretizado os nossos planos com outra pessoa. E deixei claro a falta absurda que ele ainda me faz e confirmei que apesar de quase um ano de silêncio pouca coisa mudou. (...) Naquela noite eu dormi dopada e feliz, acreditei que realmente iríamos nos ver, que eu iria estar com ele e fazer outros planos, sei lá, talvez outro destino, sabe?! (...) Que nada! Acho que tudo não passou de um delírio causado pelo comprimido que havia tomado. O silêncio continua igual. (...) Me passa o sal, por favor? Ah e me ajude a lembrar, tenho que pedir o garçom dois comprimidos para viagem, preciso encontrá-lo novamente.
Por Camila Blopes

2 comentários:

Juliana Lira disse...

Tão forte essa fase de loucura rs

Milhões de beijos

Camila disse...

;* Juzinha