19 de janeiro de 2011

[das antigas - Parte II]

Minas Gerais, 2 de Agosto de 2009

Espero que esteja tudo bem contigo, por aqui tudo começa a melhorar.
Não tenho muito que contar, sabe... minha vida não mudou muito.
Continuo a trabalhar no lugar de sempre, entretanto com essa crise-financeira-mundial meu trabalho diminuiu, ainda bem que não posso ser demitida, caso contrário acho que já teriam dispensado muitos funcionários, com aquela desculpa de ‘redução de custos’.
Não mudei o cabelo, fiz plástica ou emagreci, estou com a mesma aparência. Talvez algumas espinhas e a pele mais pálida, faz algum tempo que não tomo sol.
Essa cidade é muito fria. Fria e seca. Outro dia minha sinusite atacou e fui parar no hospital, o médico disse que se tratava de ‘rinosinusite’, na hora desejei não ter ido lá, pois cada vez que vou o nome da doença aumenta.
Minha mãe não pode vir ficar comigo, passei o resto da semana sozinha, então no sábado de manhã corri pro colo dela.
- Colo de mãe faz milagres, né? -
Sabe, eu falei de você para minha mãe... minha mãe é ótima em conselhos, apesar da linguagem que ela utiliza (é um pouco difícil compreender quando, ela fala em código).
Ela me disse que é difícil é compreender meu coração, pois ele acelera e desacelera numa velocidade descomunal, mas acho que ela faz charme, minha tia me disse que mãe também era assim. Tá, eu sei que ela era adolescente, afinal meus pais se casaram quando minha mãe tinha 19 anos.
Será que vou ficar pra titia? Afinal, fiz 24 anos e nem namorado eu tenho ainda!
Ah... mas sinceramente ainda acredito num destino forte e implacável. Eu não estou com pressa (ainda) de me casar.
Nossa, pra que não tinha muito a contar...
Vou ficando por aqui, com saudade e feliz por poder sentir isso. É que antes não era fácil assumir...
Quando eu tiver mais tempo, vou lhe escrever outra carta contanto tudo que aprendi, durante esse tempo que fiquei longe do mundo, ta bem?!
Fique com Deus, se cuide e.. juízo! (A frase de despedida da minha mãe pra mim, sempre)
Beijo
Ass: Camila Blopes

7 comentários:

Daniel Savio disse...

Bonito o post, mas um coração que tem o seu próprio movimento sabe o que faz, basta ele ter chance de brilhar...

Fique com Deus, menina Camila Blopes.
Um abraço.

Alexandre Henrique disse...

Que carta bonita! É as cidades se parecem assim frias e secas... Acredito também que o destino seja assim tão implacavél,talvês isto seja uma qualidade.
Fique com deus Camila Blopes.

blog divulgação disse...

Estou visitando seu blog para convidá-lo a participar de um evento que está sendo promovido no meu blog.

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Desde já agradeço

Ana (Blog Divulgação: www.revistadosblogs.blogspot.com )

Hugo de Oliveira disse...

Bonito texto.
Meu blog está de visual novo...passa lá depois e confira.

abraços

alex e! disse...

...olá, camilita. Não morri (quer dizer, isso fica pra depois), apenas fiquei mais velho, chato, magro e ranzinza. Aos trancos e arrancos, pois que de barrancos já me estabaquei, inacreditavelmente continuo. Ou seria óbvio demais? Lendo essa tua carta, tive vontade de também escrever uma, mas nunca fui bom com essas coisas. Quanto mais sincero sou, mais mentiras conto. Deve ser essa minha mania de fantasiar as coisas e pintar o mundo com cores que nem existem - será que sou eu a avenca partindo? Um beijo. Saudades...

Kari disse...

Se não me engano, já li esta carta.
Ah! Que carta linda! E hoje vejo, que coragem escrevê-la. É que é difícil, não é? E machuca. Mas acho que também ajuda.

Beijos

Camila disse...

Obrigada a todos pelos comentários.
BeijOcas