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30 de setembro de 2016

Ainda dá tempo de você ficar?




Se não for pedir muito... Fica?!
Não, vai não.
Permaneça.
(você me faz bem, muito bem)
Espero que ainda dê tempo de você ficar.
Fica?
Minha loucura se parece com a tua,
Assim como teus sonhos com os meus.
Paris ou Belo Horizonte não tem graça sem você
(mentira, até tem, mas não tem a mesma magia)
Vem, vamos continuar delirantes com este sentimento.
Não precisa ir... eu quero que fique.
Comigo...
Fica?!

14 de outubro de 2015

Sobre viajar com ele


Vou conhecer um lugar novo, vou viajar com ele. Vamos de carro, vou dirigir. Serão 139 km de caminhos novos. Novos caminhos. Tudo novo e diferente. Ele não é tão novo em minha vida, mas está diferente. Começar de novo. (RE)começar. Dizem que na cidade que iremos há uma magia pelo ar, que boas energias fluem e todo mal que há na gente se esvai água abaixo. Que as cachoeiras de lá, lavam sua alma e sua aura. Que todo passado passe. Que todo presente seja lindo. E que o futuro tenha calma. O que estou vivendo agora é o que quero viver. Que eu consiga me sentir REnovada... reNOVAda. Com ele, sejamos doce!

5 de outubro de 2015

Sobre dar as mãos



Sabe, talvez eu não devesse acreditar em ti. Na verdade, seria mais prudente não acreditar em ti. Seria. Mas acredito. E por acreditar, tenho desejado ser doce de novo. Sabe, tipo Caio F. Abreu: "Que seja doce." - Doce, doce, doce, doce, doce, doce, doce. Sete vezes para dar sorte.

Eu deixei você segurar minha mão. Gosto quando ficamos de mãos dadas. Sinto que não sou sozinha e que tenho alguém com que posso contar. E por isso tenho medo de você soltá-la. Vai doer. Então você quer ficar?

Fica dessa vez. Eu tentarei não te expulsar. Prometo até fazer um café. Eu te receberei. Mas só se você demorar. Chega de lonjuras. Chega de saudade. Fica dessa vez. Me ajude a ficar também. E, sinceramente, não importa o quanto quero que fique. O que importa mesmo é o quanto você quer ficar. Se você quiser... Fica?! Dessa vez, eu deixo.  

4 de maio de 2015

Primeiros encontros


Ela era especialista em "primeiro encontro", primeiro e único. Sempre havia algo. Nunca era para ser.
_ E aí, como foi com ele? - Pergunta clichê de sua amiga confidente.
E suas respostas eram:
_ Ele não parou de falar sobre carros, roupas caras e de quanto dinheiro iria ganhar. - Sobre o rapaz que conheceu na balada.
_ Ele usa drogas e acha legal, me chamou de careta quando disse que não usava. - Sobre o rapaz que conheceu na faculdade.
_ Ele só falou da ex-namorada. - Sobre o rapaz que sua colega de trabalho a apresentou.
_ Ele disse que só quer sexo casual, pois não quer se envolver com ninguém. - Sobre o rapaz que conheceu no aeroporto.
_ Ele é muito baixinho. - Sobre o rapaz que conheceu na internet.
_ Ele bebeu tanto que tive que dar carona para ele. - Sobre o irmão de sua colega do Pilates.
Ate que um dia...
_ Ele é um fofo. Super educado, inteligente e atencioso! Foi perfeito. Inesquecível. Mas você sabe, não quero sofrer, não sou boa em relacionamentos. Então, antes que seja tarde, parei de atender as ligações e de responder as mensagens, uma hora ele se cansa...

22 de agosto de 2013

"Somos a resposta exata do que a gente perguntou"


A menina não era triste, apesar de feia era simpática. Vivia em um mundo tão estranho que não tem como explicar. Ela sabia aproveitar a solidão, gostava de ser solitária. Cantava lalalalá, sorria mostrando os dentes e algumas vezes abraça as pessoas.

A menina, que já não era tão menina mais, apesar de bonita, não era simpática. Continuava vivendo em seu mundo estranho que ainda não tem como explicar. Ela aproveita a solidão, mas não é mais solitária. Canta punk rock, sorri apenas internamente e abraça menos as pessoas.

A menina, que não é mais menina, apesar de não ser simpática é amiga. Mudou-se de mundo, vive agora em uma realidade paralela, um misto de cá e de lá. Ela precisa de solidão, mas quer compartilhá-la com alguém. Não canta mais, apenas ouve suas canções favoritas enquanto dirige, sorri mas sem mostrar os dentes e raramente abraça as pessoas.

Ah, essa menina que tanto muda. Ah essa menina que tanto fascina. Ah essa menina... Qual o segredo da vida? A morte? Ah essa menina aprendeu a viver, a dor está envelhecida. A ferida mal curada, lateja, mas ela não se intimida: enfia o dedo, só assim para sentir... Para curar! Para ser!
Por Camila Blopes

5 de dezembro de 2012

Sobre tarja preta, ligações e outras drogas


_ Ele me ligou, mas eu estava dopada. Estava há quase cinco noites em claro, então tomei um tarja preta da minha mãe, queria capotar. (...) Ah! Ele me disse várias coisas, mas me lembro apenas de algumas, recordo mais daquilo que eu falei. (...) Eu estava meio que 'sem filtro' e consegui dizer quase tudo que eu sentia e acho que foi por isso que ele sumiu novamente. (...) Me passa o sal, por favor? (...) Não, claro que não falei que o detestava, não menti em nada, quis somente verdades. (...) Ah, eu reclamei muito também, reclamei por ele ter concretizado os nossos planos com outra pessoa. E deixei claro a falta absurda que ele ainda me faz e confirmei que apesar de quase um ano de silêncio pouca coisa mudou. (...) Naquela noite eu dormi dopada e feliz, acreditei que realmente iríamos nos ver, que eu iria estar com ele e fazer outros planos, sei lá, talvez outro destino, sabe?! (...) Que nada! Acho que tudo não passou de um delírio causado pelo comprimido que havia tomado. O silêncio continua igual. (...) Me passa o sal, por favor? Ah e me ajude a lembrar, tenho que pedir o garçom dois comprimidos para viagem, preciso encontrá-lo novamente.
Por Camila Blopes

23 de maio de 2012

'mas é claro que o sol vai voltar outra vez'


Ultimamente a vida está me batendo muito. Tanta confusão aqui dentro que nem sei por onde me achar... Estou dormindo mal, é uma mistura de insônia com sucessão de pesadelos. Acordo cansada e cada dia mais sozinha. Nada nem ninguém me dá colo.

Feito uma criança mimada exijo que me dêem o que eu quero e se não me dão eu fujo. Corro e tento esconder de minhas escolhas. Entretanto sempre sou encontrada e obrigada a aceitar essas verdades dolorosas que a vida cospe na cara da gente que tanto dói e quase nos enlouquece.

Resisto... Eu não conformo. Eu vomito. Não aceito! Mas me respeite. Eu não sei aonde vou chegar, eu não sou daqui, mas moro ali. Também não sei nada sobre o tempo e nem se irei continuar gostando como eu gosto, hoje. Amanhã sou outra. Outro rio. Chuva sem abrigo. Crença em fantasma.

É que às vezes, só às vezes, eu te engulo só pelo prazer de vomitá-lo e dizer que você é indigesto e que não me faz bem. Largo em teu peito minha vontade e você não a abraça, você a joga pelo ar. Culpada! Culpado! Inocentes! Deixa, deixa... Eu posso suportar. Sempre sobrevivo ao amanhã, eu invento se for preciso. Eu não morro de amor, pode acreditar.
 Por Camila Blopes

23 de abril de 2012

Urgência daquilo que nunca se teve...


Estava sentada em minha janela, observando a chuva fina lá fora quando alguma coisa apareceu, veio se agarrar a mim, parecia uma âncora cor de sangue. Ela foi me arrastando, me puxando pra baixo. Eu não me debati, esperei para ver o que aconteceria. Fiquei pensando por que toda pessoa que eu me apego vai embora? Sempre. Há algo de errado, sim. Ontem, hoje e amanhã, provavelmente acontecerá novamente. O moço foi embora daqui, e eu queria amá-lo, eu apenas queria abraçá-lo, mas ele se foi. E fui eu quem disse ‘até logo!’. - Está tudo bem! Essa coisa que apareceu, consegui reconhecê-la: era amor. E ele se mantém firme em mim, porém anda me puxando pra baixo. Eu espero que haja alguém que possa me explicar o motivo do moço que eu gosto querer me deixar em meio a tanta dor. Talvez alguém possa me ajudar, vamos, me ajude! Me diga?

Então eu digo. E mesmo oprimida por algum estúpido sentimento e por um introspectivo pensamento, eu recuso as acusações. Eu não sei lidar com quem me ama e também não sei lidar com que eu amo. Mas eu sou legal, eu juro. Eu só queria que ele deixasse ser amado e beijado por mim, até o dia em que esse sentimento fizesse bem a nós dois. Entretanto, ele foi embora daqui e dali. E eu não acho justo, meu Deus, não é justo o que ele fez. Eu o vejo indo por um caminho torto. Eu estou perdida e ele também. Isto que sinto não é certo, apenas não é errado, preciso me conformar. - Mas vai passar, há de passar.

Renasço. Volto. Sento em minha janela e observo a neblina espessa lá fora. Algo aparece e vem se agarrar em mim, mas dessa vez não me deixo levar! Seguro em meus muros e memórias, este tal amor, não me levará novamente. E eu grito para ele ir embora, pois tudo o que ele diz e faz é em vão! ‘Talvez’ e ‘Agora’ são irmãos da mesma mãe. Ei, espero que alguém possa concordar comigo. Esse sentimento nem sempre é bonito e meigo, ele vem e rouba nosso bom senso e por vezes até nosso orgulho. Sai de perto de mim, me deixe em minha bolha. Eu não estou mais para me aprofundar. Cansei, quero paz. Eu só quero paz com o Amor...
Por Camila Blopes

22 de fevereiro de 2012

Confissão de um crime



E mais uma vez precisei cometer um assassinato. Mais um morto em minha vida... Dentre aqueles que eu me lembro, este foi o mais difícil. Eu tinha intimidade com o sujeito, ele fez parte da minha vida durante anos. Quando você permite alguém se aproximar demais de ti, fica suscetível a decepção e foi isso que aconteceu. Não me julgue, não o matei simplesmente porque ele me decepcionou isso já havia acontecido antes, aliás, muitas vezes. Entretanto desta vez foi diferente, havia um tom de necessidade. E ele não se preocupou com isso, ele não fez questão de mim, apesar de ter dito com a classe de um ‘lord inglês’, ele me esnobou e não quis minha companhia. O que despertou minha ira.

Eu não sou dessas moças calmas e de bom coração, eu sou intempestiva e muito a flor da pele. Após ouvir cada palavra que ele disse eu me retirei sem dizer nada. Mas eu tenho certeza que ele percebeu que ali terminava uma amizade antiga e que eu pensava ser bonita. Eu fico míope quando amo alguém, e então nunca consegui ver como era de verdade. Mas com o detergente da decepção, conseguimos ver a realidade, viver a realidade. Me levei para fora da história e pude perceber que não havia intensidade da parte dele, era tudo comodismo.

Foi então que um cansaço tremendo se manifestou em mim, e pela primeira vez eu não quis combatê-lo, não, não... Eu o acolhi. O deixei instalar-se em meus sentimentos e então após analisar todo o caso, matei o moço, com premeditação eu sei. O que aumenta minha pena, também sei disso. E já que estou cuspindo minhas emoções, permita-me ainda dizer que eu não sinto nenhum remorso ou culpa. Eu não lamento, não sinto nada. É como se ele tivesse me pedido para cometer tal ato, eu estou leve e ele também. Com o passar dos dias essas reminiscências que ainda habitam algum lugar obscuro de minha memória irão se perder, então o cansaço sumirá e aquela doce sensação de paz tomará conta de todo meu ser, eu acredito.

Por Camila Blopes

29 de junho de 2011

apesar das circunstâncias

Penso que poderíamos nos casar. É, sério! Tenho certeza que não enlouqueceria mesmo unindo meus defeitos aos teus. Eu sei que você compreenderia meus dias de TPM e eu respeitaria teus dias quietinhos. Não encaixaríamos no clichê ‘casal perfeito’, mas nossos amigos iriam amar nossa companhia, seríamos um casal bem divertido.

Nosso apartamento seria pequenininho e aconchegante, o tapete da porta seria um laço cor de rosa, queria ter um cachorro fofo ou uma calopsita azul. Eu iria gostar de cozinhar para você e aprenderia a ser mais saudável, mas por vezes te convenceria a comer mais maionese. Eu lavaria nossas roupas, mas passar... ah isso eu deixaria para você, tá bem?!

Em dias estressantes encontraríamos aconchego nos braços e abraços um do outro. Te daria colo e te encheria todo de beijos. Você me faria massagem e eu derreteria. Em nossa cama esqueceríamos-nos do mundo, seria apenas nós, off de tudo, de todos os problemas e inquietações. Eu acordaria com o cabelo todo bagunçado mas nem ficaria preocupada, teria certeza que me amaria do jeitinho que sou, mesmo feia e descabelada. Eu te acharia cada dia mais lindo e meu amor aumentaria a cada 'bom dia' teu.

Você iria saber o nome dos meus perfumes e hidratantes e eu saberia qual aparelho de barbear você gosta. Saberia lhe dizer onde estaria sua gravata favorita e você sempre me ajudaria a escolher uma roupa para usar naqueles eventos especiais. As vezes você reclamaria das minhas manias e eu do teu jeito. Eu aprenderia algo sobre programação e te ensinaria peculiaridades sobre asfalto e rodovias. Iríamos conversar tanto, mas tanto...

Obviamente iríamos discutir e brigar algumas vezes. Talvez por causa de ciúmes de minha parte, ou por falta de tempo, distância necessária, ou quem sabe por alguma besteira sem sentido, sei lá. Mas não deixaria o orgulho falar mais alto, não iria aceitar dormir chateada contigo, conversaríamos e logo tudo ficaria bem, pois o amor estaria presente em tudo na nossa vida.

Andaríamos de mãos dadas e causaríamos nojo em algumas pessoas de tão doce que seria nossa relação repleta de respeito, carinho e paixão. Você saberia todas minhas perguntas e respostas, nos ouviríamos mesmo quando nada falássemos. Eu penso em você, penso em ser feliz. É, poderíamos nos casar...




Por Camila Blopes

2 de abril de 2011

Quimeras

"Quando eu te vejo espero teu beijo, não sinto vergonha apenas desejo"


'Acordamos com o dia claro lá fora, a vontade de estar com ele era maior que a vontade de me alimentar. Ele ameaçou a sair do meu lado, o puxei e caprichei na expressão de 'menina abandonda' o fazendo ficar ali mais tempo. Era engraçado como eu era diferentemente feliz com ele. Eu lembro que sorria a toa, sentia meu estômago se revirar de felicidade, e claro, ardia em desejos. Ele me puxou para mais perto de si e me falou baixinho no ouvido:

_ Amo você!'


Despertador toca insistente:


_ Droga! Sonhei com ele de novo! Será que nunca vai passar essa merda de saudade? Saco! Queria controlar esses sonhos. Cansada já!

Por Camila Blopes

15 de janeiro de 2011

Sobre o tempo...



Isa conheceu Dalton e achou que não combinavam. Havia um medo pairando no ar... era amor, mas ainda verde.
Saíram outras vezes e o medo foi esvaindo. Dia a dia ia crescendo a segurança do relacionamento... era amor, e estava amadurecendo.
Dalton e Isa começaram a namorar. Sim, era amor e estava no ápice do amarelando. Melhorando a cada dia. Uma ótima fase, feliz e confortável.
Porem, ele não cuidou do amor deles... ele não procurou conservá-lo, ela tentou... mas impossível quando apenas uma parte quer.
O amor começou a se perder. Passou do ponto... foi ficando marrom.
Isa se empenhou, tentou salvar... mas não houve como voltar o tempo. Mágoas estavam expostas e o amor foi ficando cinza.
Apesar de saber que o fim estava próximo, ele não quis terminar, ela ia amenizando os efeitos do tempo... o fim chegou.
O amor desintegrou. A cumplicidade findou.
O tempo deles juntos... passou.

Por Camila Blopes

2 de dezembro de 2010

‘Triste é não chorar’



Eu poderia dizer que não sinto muito
Que estou feliz e tranquila
Ou até que nem chorei...
Mas eu não quero
Nem preciso mais mentir.

Não que lhe devo qualquer obrigação
Ou que desejo lhe falar como me sinto.
Isso tudo que guardava aqui, mudou há muito.

Amor não acaba, se transforma.
O que eu sentia por você era amor,
Na verdade ainda é
Porem não é aquele amo sofrido de outrora
Amor unilateral e imaturo.

O que trago comigo agora é algo mais sublime.
Um amor mais calmo,
Pois não é um amor-paixão.
Se existisse, seria um amor-comum.

Você ainda me dói, de início.
Coisa pouca.
Quase sem importância.

Não perco o fôlego quando penso em você.
Sequer me perco, contigo.
Passou.

Não é nada triste sentir-me assim.
Até gosto.
Mesmo sabendo sendo impossível
Eu amar com calma.


Por Camila Blopes

31 de julho de 2010

'o mundo vai acabar e ela só quer dançar...'


Meia hora depois de se conhecerem, e depois de algumas doses de vodca e alguns beijos:

_ Estoy enamorado de ti ahora.
_ Hãm?
_ Tus besos.
_ Heim?
_ Usted me hizo caer en el amor.
_ Hum?
_ Sí, estoy enamorado de ti chica de Brasil.
_ Tchau!

Ela saiu, não olhou para trás e foi dançar com outros, não acreditou no argentino, mas não fazia diferença. Ela não queria nem a possibilidade de paixão.
Queria festa. Diversão. Apenas isso.
Por Camila Blopes

19 de julho de 2010

nunca estará só


Ela lembrou-se de algo que fez sua cara se contorcer, fez uma careta e saiu da cama. Andou pela casa procurando o aparelho celular, precisava fazer uma ligação. Havia chegado embriagada na noite anterior. Demorou mas encontrou o aparelho num canto, debaixo de sua calça jeans desbotada e gasta.
.
_ Alô?
_ alô.
_ Oi, sou eu?
_ oi... hum.
_ É!
_ ham.
_ Preciso conversar contigo!
_ to dormindo ainda.
_ É urgente!
_ depois.
_ Por favor!!!
_ por favor.
_ Me liga quando acordar então?!
_ ligo.
.
'Ele deve estar bravo' - ela pensou. 'Espero que ela não fique brava' - ele pensou.
A moça estava no banho quando soou a campainha. Enrolou-se em uma toalha e foi atender. Pelo olho mágico viu que era ele, seu rosto enrubesceu.
.
_ Só um momento, vou me vestir. Estava no banho.
_ Tá bem! Vim pessoalmente, para me desculpar.
.
Desajeita e apressada, vestiu a primeira roupa que encontrou pela frente. Logo foi atendê-lo. O fez entrar e sentar, enquanto ela penteava os cabelos. O moço falava sobre assuntos banais, ela dizia ‘aham’, ‘uhum’, ‘ham’... depois voltou para a sala.
Os dois em silêncio, olhando o tempo passar através da janela da casa. Foi ele quem tocou no assunto.
.
_ Sobre ontem, na festa... apesar de todo álcool...
_ O que?
_ Eu quero, de verdade.
_ Eu também.
_ Mas e se?
_ Vamos sofrer.
_ Vai doer.
_ Vai! Muito.
_ E se...
_ Vai ser maravilhoso.
_ Vamos ser felizes.
_ Vamos! Sim.
_ Quer?
_ Quero.
_ Se precisar eu te faço acreditar de novo. Amor!
_ Não preciso que me salve, mas adoraria se você tentasse...
Por Camila Blopes

3 de maio de 2010

Não cabe um título


Hoje é uma noite fria. Estou sozinha em casa. Eu não animei sair.
O frio é gostoso e, literalmente, doloroso. Meu joelho lateja em noites frias.
Preferi ficar aqui, em meu mundo azul de teto alvo, nada cálido.
Nada de interessante por aqui, algumas malas vermelhas, bolsas e batons rosas, mantos solares, que alias me cobre neste momento.
A televisão está desligada, quem me faz companhia é aquela doce cantora de soul.
Lembro de você e por algum motivo, esquecido na distancia dos dias, não sorrio.
Não estou triste, suave também não seria a palavra.
Eu já te falei isso, sou intensa.


Intensa? Aureliamente falando:
1.Ativo, energético, forte, impetuoso, veemente;

2.Duro, árduo, penoso, aturado, absorvente:;
3.Forte, violento, rude, excessivo;
4.Muito ativo; animado ou movimentado em alto grau.


Ser assim me cansa, as vezes. Quase sempre quando se trata de Amor.
Mas até que me divirto, nos momentos em que não estou sofrendo.
Ai, cansei de me contar. Vou ali...
Talvez eu volte.


Por Camila Blopes
Em 05/08/2009
O 'CAMINHOS DE CAMILA' está de aniversário e presenteará um andarilho com um livro, dentre 4 opções:
* Os melhores Contos de Caio Fernando Abreu
* Perto do Coração Selvagem da Clarice Lispector
*Tô com vontade de uma coisa que não sei o que é da Tati Bernadi
*Eu sei que vou te amar do Arnaldo Jabor

QUER PARTICIPAR?

Escreva um texto bem bacana com o TEMA: CAMINHOS, e envie para meu e-mail, o texto mais bonito será publicado aqui e o autor leva o livro escolhido (enviarei via sedex para o endereço do ganhador).
Espero que participem, pois sei que tem muitos andarilhos super talentosos por aqui.
Ah meu e-mail: kamyllablopes@yahoo.com.br - Quero receber muitos e muitos textos!

Ps¹. Sobre as regras:
1) Só pode participar quem tiver um blog, acho que assim fica mais 'justo' com meus andarilhos constantes.
2) Todos os formatos de textos serão aceitos: poemas, crônicas, contos, etc. E não há limite máximo (ou mínimo) de palavras.
3). Os e-mails deverão ser enviados até o dia 16 de Maio e o resultado sairá na quinta-feira seguinte, no dia 20 de Maio. Então enviarei o livro (no máximo até o final do mês, porque tem o prazo de entrega e tal).
4) Irei escolher o texto que mais me emocionar, mais bonito e criativo, levando em conta o tema: Caminhos. Vou pedir ajuda da minha mãe, pois ela adora ler, tem muito bom gosto e é super imparcial.
4) O vencedor terá que postar em seu blog ao menos uma nota sobre o prêmio, para todos saberem que realmente cumpri minha palavra!
Ps². Sim! Tem que ter algum regulamento para não virar bagunça.

22 de abril de 2010

Trivialidades


Ela é o tipo de garota inexplicável. É melancólica. É divertida. É louca. É única. Ela é o fim da tão esperada festa. É a solidão em meio aos amigos. É segredo de confessionário. Ela é uma flor do sol.
Ela seria um cometa. É simples como Matemática. Ela gira, sempre.

Ele é o tipo de garoto insano. É autêntico. É quieto. É inteligente. É bonito. Ele é o fim da chuva. É a ida para aquela festa. É a terra após uma longa viagem náutica. É a verdade do culpado. Ele é uma tatuagem.
Ele seria uma tecnologia. É complexo como Física. Ele muda, sempre.

A outra é o tipo de garota previsível. É comum. É bonita. É estudiosa. É sonsa. A outra é a viagem programada. É a decepção pós-festa. É o chão de terra. É a roupa a ser apanhada no varal.
A outra seria uma data. É regulada como a Gramática. E fica, sempre.

O outro é o tipo de garoto intenso. É rigoroso. É desprendido. É pai. É auto-suficiente. O outro é o último drink da festa. É o beijo na boca sem amor. É o rei de espada do baralho. É o alvo sem dardos.
O outro seria um grito. É elaborado como Química. E reage, sempre.

Ela e o Outro namoraram. Ele e a Outra namoraram. Os casais se desfizeram.
A Outra não se conforma. O Outro quer voltar com Ela. Ela e Ele vivem um romance diferente. Pura sorte! Talvez. E o se. Trivialidades...

Por Camila Blopes

20 de março de 2010

‘sem você não tem graça’

Onde você estiver, por favor, tenha certeza: amo você.

.
Você prometeu cuidar de mim quando eu precisasse. Você prometeu permanecer próximo de mim, mesmo quando estivesse viajando. Você prometeu me proteger de todas as coisas ruins que surgisse em meu caminho. Você prometeu segurar minha mão quando eu sentisse medo. Você prometeu me fazer companhia quando eu me sentisse sozinha. Você prometeu me chamar de princesa todos os dias. Você prometeu que seria para sempre... você prometeu!
Não é justo você ter me deixado.

Não é justo. Não é justo. Não é justo.
Fico repetindo feito uma idiota, ainda não consigo acreditar que você se foi. Que jamais verei teus olhos brilhando perto dos meus.
Como posso pensar em viver no mundo onde não existe mais você? E o ‘nós’? E o nosso futuro? O que há em mim nunca vai morrer, sentimentos que são seus. Morri um pouco contigo, e nunca irei ser a mesma sem você aqui.

Não é justo. Não é justo. Não é justo. E os livros que você não leu, os dias que você não viveu, os sabores que você não provou? E todos os filmes que não assistimos? A viagem que programamos?
Não posso conhecer Paris sem você. Não teria graça. Alias tudo é sem graça desde que você se foi.

Não é justo você morrer. Não é justo o mundo continuar a girar sem você. Não é justo eu ficar sem você.

Não é justo. Não é justo. Não é justo. Não é!

Por Camila Blopes

27 de janeiro de 2010

Teu Doce Furacão

Chego de mansinho, beijo-te a testa e seguro tua mão.
Você me sorri ainda de olhos fechados.
Sussurro algumas palavras em seu ouvido, você me encara. Nada diz, apenas me beija.
Sua boca passeia, acha mais que meus lábios para beijar.
Nossas vozes não são mais que gemidos desconexos.
Há em nós um desejo de transformarmos num único ser.
Você me diz que te deixo louco. Que tiro sua razão. Que acabo com o sossego do teu corpo.
Você me chama de 'Doce Furacão'. Teu doce furacão particular.
E então falo o quanto te amo... mas sem usar palavras.

Por Camila Blopes

10 de janeiro de 2010

Delírio voluptuoso



Com um olhar lascivo você me procurou.
“Será que resisto?”
Não pensei.
Fugi.
Corri.
Não adiantou.
O seu olhar continuou em meus olhos.
Voltei.
Sou sua.
E ponto final.
“Será que é certo?”
Preferi não pensar.

Por Camila Blopes