A menina não era triste, apesar de feia era simpática. Vivia em um mundo tão estranho que não tem como explicar. Ela sabia aproveitar a solidão, gostava de ser solitária. Cantava lalalalá, sorria mostrando os dentes e algumas vezes abraça as pessoas.
A menina, que já não era tão menina mais, apesar de bonita, não era simpática. Continuava vivendo em seu mundo estranho que ainda não tem como explicar. Ela aproveita a solidão, mas não é mais solitária. Canta punk rock, sorri apenas internamente e abraça menos as pessoas.
A menina, que não é mais menina, apesar de não ser simpática é amiga. Mudou-se de mundo, vive agora em uma realidade paralela, um misto de cá e de lá. Ela precisa de solidão, mas quer compartilhá-la com alguém. Não canta mais, apenas ouve suas canções favoritas enquanto dirige, sorri mas sem mostrar os dentes e raramente abraça as pessoas.
Ah, essa menina que tanto muda. Ah essa menina que tanto fascina. Ah essa menina... Qual o segredo da vida? A morte? Ah essa menina aprendeu a viver, a dor está envelhecida. A ferida mal curada, lateja, mas ela não se intimida: enfia o dedo, só assim para sentir... Para curar! Para ser!
Por Camila Blopes
Um comentário:
Exatamente dessa maneira desse jeito e dessa forma...
Como ando me sentindo...
obrigada por compartilhar...
Bruna Fernandes
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