Poliana não gostava de apaixonar-se, em sua concepção paixão era sinônimo de dor. Era uma jovem tímida, discreta e afável, que sempre carregava uma grande bolsa. Morava com sua família em uma simples, porem bela, casa.
Estava na faculdade, cursava Química e quase não tinha amigas. Poliana dedicava-se aos estudos, não entendia como as meninas de sua sala perdiam tempo com frivolidades. Alias apenas um desses assuntos levianos a interessava: Marcelo.
Marcelo era um apaixonado nato, para ele a vida sem paixão seria monótona demais. Ele era um homem decidido, moderno e responsável. Morava sozinho em um grande apartamento. Cursava o ultimo período de Odontologia.
Ele sequer sabia o nome de Poliana, mas como era da sala de seu primo às vezes se esbarravam, ele sorria e dava uma piscadela ela mal conseguia respirar e lhe responder com um “oi” meio engasgado.
Num dia de lua cheia se encontraram no estacionamento, ela seguia para o ponto de ônibus e ele para seu carro. Ele a ofereceu uma carona, ela não aceitou. Não conversaram mais que isso.
Alguns meses depois Marcelo se formou. Poliana não foi convidada.
Não se viram novamente.
Ele nunca soube o nome dela. Ela ainda pensa nele e no dia em que recusou a carona. Mas não se arrependia, sabia que aquilo poderia lhe trazer sofrimento. Poliana sabia guardar todos “quase” e “talvez” em sua bolsa... Juntamente com seu coração e seus sentimentos.
Sem querer outra opção, a jovem, seguiu com seus estudos lisérgicos, e prometeu “fazer química”, sempre.
Estava na faculdade, cursava Química e quase não tinha amigas. Poliana dedicava-se aos estudos, não entendia como as meninas de sua sala perdiam tempo com frivolidades. Alias apenas um desses assuntos levianos a interessava: Marcelo.
Marcelo era um apaixonado nato, para ele a vida sem paixão seria monótona demais. Ele era um homem decidido, moderno e responsável. Morava sozinho em um grande apartamento. Cursava o ultimo período de Odontologia.
Ele sequer sabia o nome de Poliana, mas como era da sala de seu primo às vezes se esbarravam, ele sorria e dava uma piscadela ela mal conseguia respirar e lhe responder com um “oi” meio engasgado.
Num dia de lua cheia se encontraram no estacionamento, ela seguia para o ponto de ônibus e ele para seu carro. Ele a ofereceu uma carona, ela não aceitou. Não conversaram mais que isso.
Alguns meses depois Marcelo se formou. Poliana não foi convidada.
Não se viram novamente.
Ele nunca soube o nome dela. Ela ainda pensa nele e no dia em que recusou a carona. Mas não se arrependia, sabia que aquilo poderia lhe trazer sofrimento. Poliana sabia guardar todos “quase” e “talvez” em sua bolsa... Juntamente com seu coração e seus sentimentos.
Sem querer outra opção, a jovem, seguiu com seus estudos lisérgicos, e prometeu “fazer química”, sempre.
Por Camila Blopes
14 comentários:
Acho que é a primeira vez que sou a primeira a comentar. xD
Adorei Caah! Você tem o dom, né? *-*
Eu pude assistir como um filme. ^^
E sabe, as vezes eu queria ser como Poliana, mas tenho a primeira característica de Marcelo, apaixonada nata que acha que vida sem paixão não tem muita graça. Isso é bom e ruim, tem um certo preço né... O preço que Poliana não gostaria de pagar.
Beijos ciumentinha linda!
<3
Desencontros ! :S
Alias teve oportunidade porem o medo falou mais alto... e o universo ainda conspira!
bjus
se o amor é uma fantasia, ela se encontra em pleno carnaval
Oi Camila, pasando para te deixar um abração e desejar um ótimo domingão.
Beijosss
Jeferson
Ela quer fazer química sempre, apesar de também manter-se longe da química dos casais.
Bonito, Cahzinha!
Beijo grande!
E ela precisava arriscar, mesmo que se ferisse. Pois se ferir é coisa normal e quase inevitável nessa vida.
Gostei desse mini-conto.
Um beijo, Cah.
A nossa vida costuma sempre nos dá novos caminhos, cabe a gente continuar no mesmo, ou se aventura em um novo!
que lindo Camila...
tô aqui me perguntando por que ela não aceitou a carona =(
Olá Camila,
Vim retribuir a visita ao meu blog, surpreendi-me. Já havia percebido, pelo twitter e nos seus comentários, que vc escreve muito bem; mas jamais imaginei encontrar uma escrita tão sagaz, reflexiva e, até, irônica.
Parabéns pelo texto! Tem uns lances rodriguenianos nele e uma 'crítica' sutil do modo como as pessoas vivem, hoje em dia, alheias a tudo que lembra os contos do velho Machado.
Isto tudo com uma criação original, autêntica; sublime!
É maravilhoso o seu blog! Creia, estarei sempre por aqui lendo seus contos. ;-)
Nossa Cah...
Que lindo! As vezes a gnt deixa escapar pelos dedos chances de sermos felizes!
Um dia ela vai perceber q nem sempre da pra fazer quimica.
Bjokass! =)
Não gostei desse.
Obrigada andarilhos meus!
BeijOs
Esse seu texto me fez lembrar que por medo de sofrer, sofremos.
Uma química que sempre dá essa reação.
abraços
Verdade, Paulinha!
Super beijO
:**
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