Meu bem, eu não vou mentir. Não gosto de mentiras, elas machucam e não funcionam. Eu até tentei. Eu tenho engasgado a amargura com whisky. Quando o álcool dissolve o gosto ruim, eu te chamo, já embriagada. Não quero lembrar os dias felizes, nem dos dias de romance. Não quero lembrar de nós.
Eu coloquei meu sorriso falso, enxuguei minhas lágrimas reais... O que é real afinal? Não sei dizer. Escolhi um vestido colorido e saí para viver. Esquecer de você. Afinal, você não é real de qualquer maneira.
Eu estou ficando velha e impaciente. Talvez o tempo tenha me ensinado algumas lições importantes. Cada vez acredito menos nas pessoas. Elas são capazes de dizer tanta coisa bonita e depois apenas sorriem e dizem que tudo mudou. Todos sentimentos estão em falta, só sobra culpa ou tesão.
Para todas as coisas horríveis que eu fiz, já pedi perdão. Para todas as coisas horríveis que fizeram comigo, já dei meu perdão. Coloquei meu sorriso falso e enxuguei as lágrimas reais. Eu aprendi que tudo sempre fica bem, mesmo que demore um pouco.
Então, quando os sentimentos ruins passam, tudo acaba. Depois do tempo de cada um, o sorriso torna-se real. Tão real quanto a felicidade. O que é real afinal? Tenho achado que é aquilo que quero acreditar. Se a gente fizer acontecer e acreditar, torna-se real.
“Já que é primavera, deixa florear", aprendi. – Sorrindo, acreditando, colorindo e apaixonando-se pela vida. Eu quero acreditar em mim.
Inspirado na canção Fake smile - Rebecca Ferguson
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