24 de novembro de 2011

It's time to face the music


Quando tem que ser, acontece. Desde que eu te vi, eu te quis. Olhos expressivos, blusa do ‘Jack Daniel’s’ e quase 1,90m de altura. Minha pipoca caiu no chão, e meu rosto se enrubesceu. Senti algo, mas não dei muita atenção. Volta e meia nos esbarrávamos em festas, mas nunca conversávamos mais que cinco minutos, porém sentia que vibrávamos em frequência bem parecida. Podia ser apenas impressão, eu pensava, e não ousava estreitar os laços.

Mas numa festa open bar, depois de algumas doses saborosas de vodca, criei coragem e fui falar contigo. Que gafe, você estava acompanhado... Você não foi hóstil comigo, explicou a situação e ainda se desculpou. Depois desse dia fiquei mais contida e receiosa.

Alguns meses se passaram, a conversa evoluiu e você se aproximou de mim. Nos aproximamos. Entretando o universo ainda não conspirava a nosso favor, não entrou no mesmo ritmo. Ainda não havia chegado a hora de nossa colisão. Tudo só se encaixa quando chega a hora certa... E enfim a espera acabou. O tempo chegou.

Você apareceu. Eu surgi no local certo. E estava com o celular próximo de mim, para variar. Nos encontramos e nos reencontramos. Fluiu fácil e bonito. Risadas, conversas e abraços. Você querido e atencioso. E tão fofo como não fui capaz de imaginar. Entramos na mesma batida, a música tocou alto em nós. Cumplicidade, braços e mordidas. O tempo passou veloz. Doces sensações que há muito não sentia.

O nós se separou, você teve que ir, mas fiquei com teu cheiro em minha pele, teu gosto em minha boca, tua voz em meus ouvidos e com teu sorriso em minha memória. Registrei tudo com muito empenho, com riqueza de detalhes, não sei quando o destino conspirará a favor do nós, novamente.

Estou feliz, obrigada. Tinha medo que todas as borboletas e cangurus que habitavam meu estômago tivessem morrido. Tenho que aprender a compor novas músicas, demolir minha casa e pavimentar meus caminhos. Inconstante e breve, eis a vida. Boa noite. Bom dia. Pode ser que um dia toquemos nossa música novamente por ai, depois da curva talvez...

Por Camila Blopes

3 comentários:

Anônimo disse...

gosto muito da sua forma de contar as histórias, reais ou não eu sempre imagino e gosto.

bjos...

Luana disse...

Percebi que não é só a sua memória que é rica em detalhes, e sim, seu post. Adorei!

Já te sigo!
Beijos

Camila disse...

Obrigada meninas!
Beijocas