Naquele vilarejo não havia muito recurso, era um lugar afastado da cidade, com poucas famílias e algumas casas.
Geralmente quem nascia ali era fadado a morrer ali também.
Mas o destino dele teria que ser diferente, sua mãe sabia disso, foi tudo planejado.
Entregou-se a um comprador, que vinha duas vezes por mês fazer negócios com seu pai (tinham uma pequena propriedade onde cultivavam flores). Engravidou em sua primeira vez.
Quando teve certeza do acontecido, contou ao seu pai que logo conversou com o comprador. Casaram-se para o alívio de seu pai.
Desde o dia do casamento não teve mais contato com a família.
Seu casamento era de fachada, não havia amor, nem qualquer outro sentimento. A única alegria dela era ver sua barriga crescer a cada dia. Tinha certeza que era um menino. Certeza!
Seu marido não fez questão de acompanhar a gravidez. Ela saia de casa quando ele ia trabalhar, ficava deslumbrada ao ver os grandes imóveis do bairro, a quantidade de gente que passava sem ela saber os nomes, carros, motos e até ônibus.
O tempo todo conversava com ele, ainda em seu ventre, falava dos seus planos e dos desejos que tinha para o filho, sentia-se muito feliz.
Marcava no calendário os dias de gestação, sabia que esta próxima de dar a luz, falou com o marido que deu de ombros, disse que “mulher sempre sabe se virar nesta situação”. E como de praxe pegou sua maleta e saiu para vender e comprar flores.
Ela seguiu sua rotina normalmente, porem quando estava terminando de preparar o almoço sentiu um dor descomunal que a fez deitar no chão.
O marido chegou e se assustou com o que viu, pela primeira vez a chamou pelo nome, Jasmim, esse era o nome dela.
Ela disse que não daria mais tempo de levá-la ao hospital e o pediu para ajudá-la a salvar o filho deles.
Totalmente desajeitados, conseguiram trazer ao mundo aquele ser pequeno e lindo.
O segurou em seus braços enquanto o marido ligou para a Emergência.
Pouco ela falou antes de falecer, disse apenas para o marido cuidar bem do filho e lhe assegurar um futuro melhor que o dela.
O marido chorou de arrependimento, mas jurou cumprir o ultimo pedido de sua esposa, Jasmim.
Não se sabe ao certo a hora em que ele nasceu, sabe-se apenas que sua mãe o amou desde o momento que soube que havia vida em seu ventre e seu pai o amou desde que sua mãe faleceu.
Geralmente quem nascia ali era fadado a morrer ali também.
Mas o destino dele teria que ser diferente, sua mãe sabia disso, foi tudo planejado.
Entregou-se a um comprador, que vinha duas vezes por mês fazer negócios com seu pai (tinham uma pequena propriedade onde cultivavam flores). Engravidou em sua primeira vez.
Quando teve certeza do acontecido, contou ao seu pai que logo conversou com o comprador. Casaram-se para o alívio de seu pai.
Desde o dia do casamento não teve mais contato com a família.
Seu casamento era de fachada, não havia amor, nem qualquer outro sentimento. A única alegria dela era ver sua barriga crescer a cada dia. Tinha certeza que era um menino. Certeza!
Seu marido não fez questão de acompanhar a gravidez. Ela saia de casa quando ele ia trabalhar, ficava deslumbrada ao ver os grandes imóveis do bairro, a quantidade de gente que passava sem ela saber os nomes, carros, motos e até ônibus.
O tempo todo conversava com ele, ainda em seu ventre, falava dos seus planos e dos desejos que tinha para o filho, sentia-se muito feliz.
Marcava no calendário os dias de gestação, sabia que esta próxima de dar a luz, falou com o marido que deu de ombros, disse que “mulher sempre sabe se virar nesta situação”. E como de praxe pegou sua maleta e saiu para vender e comprar flores.
Ela seguiu sua rotina normalmente, porem quando estava terminando de preparar o almoço sentiu um dor descomunal que a fez deitar no chão.
O marido chegou e se assustou com o que viu, pela primeira vez a chamou pelo nome, Jasmim, esse era o nome dela.
Ela disse que não daria mais tempo de levá-la ao hospital e o pediu para ajudá-la a salvar o filho deles.
Totalmente desajeitados, conseguiram trazer ao mundo aquele ser pequeno e lindo.
O segurou em seus braços enquanto o marido ligou para a Emergência.
Pouco ela falou antes de falecer, disse apenas para o marido cuidar bem do filho e lhe assegurar um futuro melhor que o dela.
O marido chorou de arrependimento, mas jurou cumprir o ultimo pedido de sua esposa, Jasmim.
Não se sabe ao certo a hora em que ele nasceu, sabe-se apenas que sua mãe o amou desde o momento que soube que havia vida em seu ventre e seu pai o amou desde que sua mãe faleceu.
O amor sobreviveu. O menino, talvez sobreviverá.
Por Camila Blopes
31 comentários:
acho que ao morrer,jasmin se tornou uma flor...daquelas mais bonitas do jardim^^
Uma lição de vida muito bonita e bem escrita, Camila!
Beijos e boa semana
Mas se o menino não sobreviver, o amor que fizera nascer sobreviverá!
Ainda assim, a vida dele não terá sido em vão.
Texto pode mais lindo, Cah.
Beijos e borboleteios
Um conto muito interessante, diferente de falar do amor.
É uma pena que muitas vezes tenha que se morrer para o amor sobreviver.
abraços, uma linda semana.
Que lindo.. adorei.
~Até a próxima. Beijos.
*DB*
Que lindo! Um pouco triste, mas tão lindo. E com uma lição de vida... Parabéns!
Beijos ;}
=***
Triste,meu Deus O.O!
Uma pura perfeição. Uma lição de vida, misturando os elementos certo do amor, e mesmo possuindo uma tom triste, passou sua verdadeira mensagem...
Boa semana.
realmente...
tudo existe antes, mas antes vem o sonho pra depois virá realidade!
Algumas pessoas demoram para perceber a beleza das flores, demoram para conseguir apreciar seu perfume...
bjm gemaaaaaaaaa
Lindo conto Cah, e no fim o amor sempre sobrevive.
beijo meu
...como um frágil jasmim, este floresceu na forma da tua personagem conseguir florescer o amor na temporada das flores, a primavera de um nascimento que fez brotar grotão de amor na alma do homem que só sabia de negoceios. Quem sabe ele saiba, agora, que a vida também é feita de sentimentos que nos fazem pulsar, vivos, pelo de-dentro da gente... Lindo texto, Camilita...
bju do alex ;D...
Amor entre pais e filhos é um laço eterno.
Dure um infinito de dias, dure apenas alguns segundos...
Como sempre, muito bem escrito.
_____
Estrar aqui é sempre uma boa surpresa. As vezes estou cansada, queria um texto pequenininho pra ler e comentar, mas sempre leio e me encanto com suas palavras!
a nice site.:)
Bem legal!
Beijão!
PS: Se gosta de histórias de ação, passe lá no Dicas!
Claro que o moleque vai sobreviver, vai ser Flamenguista e vai se chamar Wilson!
Texto bem estruturado e simples. Adorei Camila ;)
Caramba Cah, adorei a história, ainda mais que agora eu também estou sendo consumido por esta coisa de amor hehehe, bjus
História triste, porém real. Isso pode estar acontecendo em qualquer lugar.
A lição que deixa é de não dar o devido e o merecido valor pras coisas boas aparecem nas nossas vidas, sempre porque estamos ocupados fazendo outros planos, como dizia John Lennon.
Beijão
Enquanto houver amor, as pessoas sobreviverão!!
Lindo o seu conto, Camilinha!!
Beijos
Na beleza do caminho
Sempre tem espinho
Certo desalinho
QUe incerto
Alveja peito aberto
Não tem jeito
Que não é jeito ser sozinho
Mesmo frouxo ninho
Pode criar forte passarinho
Que queira o destino
Há de por ai desembestar...
Que linda e triste história. Fico triste em saber que ás vezes sempre precisa acontecer algo de ruim para percebemos e darmos valor no que realmente é importante para nós.
Serve de lição!
Bj!
Triste, mas mto lindo.
O amor sempre sobrevive. Sempre.
Bjossssssssssssssss.
Imagino se essa é a história da fundação de Barão de Cocais. Sabe, igual Tocaia Grande, só que com a Docinho no lugar do Jorge Amado!
Adorei o conto, Cacá! Trágico e bonito ao mesmo tempo, com um finalzinho acalentador.
Beijo grande
Moça,
Já viu cara de pivete pidão?
Tipo: - Dá um trocado aí, ô!
Assim, quano terminei de te ler.
Massa!
Meu deus! Estou chocada!
Amada, que texto é esse? Tão sensível e simples ao mesmo tempo. E quantos casos como esse acontecem por aí? Nossa, não consegui tirar isso da mente... lembrei de minha aula sobre depressão pós-parto e das crianças que sofrem com pais que rejeitam e etc... nossa!
A mãe o amou desde o início de sua vida.. o pai, a partir da sua vida nesse mundo. E sim, ele sobreviverá!
Jasmin tornou-se flor e deixou sua beleza no menino!
Bonito, triste, sensível... ótimo!
Beijão amada!
Um belo texto. Sem mais.
Um beijinho
Obrigada por enfeitarem o meu jardim!
^^
BeijOs meus
Foi um texto lindo e de partir o coração.
Obrigada Querida!
Mas acontence por ai, né?!
BeijOs
Aloha Camila!!!
Tanto universo presente numa existência abundante, o pouco aos olhos do mundo em desordem, parece insuficiente. O Jasmim no Jardim eterniza-se em amor a cada primavera e contradiz a insuficiência. Encanta os que caminham e cruzam seus passos. Levam consigo a fragrância....
Agraciado com sua visita e seu comentário...Obrigado!!
Hod
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